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Glúten e sistema neurológico
Você já ouviu falar que o glúten provoca ansiedade e depressão e, se retirado da dieta, pode fazer com que o bem-estar volte ao normal? É um conceito novo41. Afinal, por que um alimento não processado ou um nutriente faria mal ao sistema neurológico? Os processos inflamatórios são a base de muitos problemas cerebrais e podem ser iniciados quando o sistema imunológico reage a uma substância no corpo do indivíduo – no caso, a proteína do trigo, o glúten.
A sensibilidade à substância é causada por níveis elevados de anticorpos contra a gliadina – uma das frações proteicas do glúten. A resposta imunológica estimula a liberação de citocinas inflamatórias em uma quantidade tão grande (e por tantas vezes ao longo da vida) que alcançam o cérebro e danificam os tecidos. Outro problema é que os anti-corpos podem se ligar a proteínas muito parecidas com a gliadina no cérebro e, obviamente, atacá-las. E mais uma vez o sistema imunológico é acionado, pois entende que estão “atacando” novamente o tecido cerebral. E quais são as doenças neurológicas em que mais se encontram essas citocinas? Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e autismo.
Facilmente percebemos a relação da ingestão de trigo com o nosso bem-estar. Em um primeiro instante, ao consumirmos um pão branco, a sensação que nos toma é de euforia e bem-estar. Ao serem decompostos no estômago, os peptídeos do glúten mal digeridos atravessam a barreira do intestino (já alterada depois de anos de disbiose intestinal) e chega ao cérebro, onde agem como opioides, semelhantes à morfina, o que nos dá a sensação de “felicidade”. Esses peptídeos são chamados de “exorfinas”. Quando o efeito das exorfinas cessa, seguisse uma sensação desagradável, de “tristeza” e a busca por mais uma dose da “droga” que o cérebro necessita, gerando dependência química ao glúten.
Fonte: Revista Essentia Pharma Edição 6
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Alimentos com alto teor de fibras proporcionam uma proteção contra doenças cardiovasculares
As fibras alimentares formam um conjunto de substâncias derivadas de vegetais resistentes à ação das enzimas digestivas humanas. São estruturas derivadas de polissacarídeos que formam as moléculas de celulose e tem papel importante no metabolismo, pois podem ter função energética, como o amido e o glicogênio, ou estrutural, atuando no processo digestivo.
Pesquisas têm evidenciado os efeitos benéficos das fibras alimentares para prevenir e tratar a doença diverticular do cólon, reduzir o risco de câncer e melhorar o controle do Diabetes mellitus. Um estudo recentemente publicado na revista científica PLoS One avaliou o consumo de fibras com o risco de doença cardiovascular.
Um estudo da Universidade de Lund avaliou mais de 20 mil indivíduos com idades entre 44 e 73 anos, moradores de Malmö, na Suécia. O trabalho envolveu avaliação dos hábitos alimentares dos residentes da cidade sueca, com foco no risco de doença cardiovascular. Durante um período de 13 anos foram analisadas 13 diferentes variáveis de nutrientes entre fibras, gorduras, proteínas, carboidratos e outros nutrientes.
As mulheres cuja ingestão de fibras foi maior tiveram um risco 24% menor de doença cardiovascular em comparação aquelas cujo consumo estava baixo. Nos homens, o efeito foi menos relevante, porém os resultados confirmaram que uma dieta rica em fibras para eles mostra-se protetora ao AVC.
A razão pela qual há diferença entre os sexos não foi esclarecida, mas uma provável justificativa é que as mulheres consomem fibras de fontes alimentares mais saudáveis (frutas e hortaliças) do que os homens (pães). Dessa forma, os pesquisadores do estudo alertam para despender mais atenção em relação ao sexo em estudos posteriores.
Os dados utilizados na pesquisa foram tirados do estudo populacional de Câncer e Dieta de Malmö, que envolveu 30 000 moradores da cidade desde o início da década de 1990. Os participantes deram amostras de sangue e informações detalhadas sobre sua dieta.
Fonte: Revista Essentia Pharma
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Mitocôndrias usam temporizadores
O momento em que uma pessoa se alimenta pode ser tão importante quanto o que ela come. Um novo estudo do Instituto Weizmann de Ciência, Israel, e Instituto Max Planck de Biologia, Alemanha, que recentemente foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), sugere que as usinas de energia das células – as mitocôndrias – são altamente regulamentadas pelo relógio biológico, ou circadiano. Isto pode ajudar a explicar por que as pessoas que dormem e comem em desarmonia com seus relógios circadianos sofrem maior risco de desenvolver obesidade, diabetes e síndrome metabólica.
O Dr. Gad Asher do Departamento de Ciência Biomolecular do Instituto Weizmann, que liderou o estudo, explica que os relógios circadianos, encontrados em seres vivos – desde bactérias, moscas e seres humanos – controlam os ritmos de sono, atividade, alimentação e metabolismo. “Em certo sentido”, diz ele, “é como um calendário diário, dizendo ao corpo o que esperar, para que possa se preparar para o futuro e operar de forma otimizada”.
O Dr. Adi Neufeld-Cohen, do grupo de Asher, em colaboração com a Dra. Maria S. Robles e Professor Matthias Mann do Instituto Max Planck de Bioquímica, estudaram as mudanças circadianas nas mitocôndrias, que por criarem picos e depressões nos níveis de energia celular, também ajudariam a regular os seus ciclos diurnos e noturnos. O grupo identificou e quantificou centenas de proteínas mitocondriais, descobrindo que 40% elevam suas atividades agudamente uma vez por dia. Posterior investigação identificou as proteínas compondo o relógio circadiano mitocondrial que regula essas atividades. Surpreendentemente, a maioria das proteínas circadianas entraram em pico nas mitocôndrias após quatro horas do ciclo de luz do dia (em camundongos, que são ativos durante a noite).
Entre essas proteínas essenciais, os pesquisadores descobriram uma enzima chave que determina a taxa de utilização de açúcar para a produção de energia. Esta proteína atinge o seu valor máximo quatro horas depois do início do ciclo da luz do dia, sugerindo que a maior capacidade da mitocôndria de queimar açúcar seja em torno desse mesmo tempo. Para verificar, os pesquisadores deram açúcar às mitocôndrias e descobriram que em torno da quarta hora, a respiração e utilização de glicose estavam, de fato, mais elevadas. Também descobriram que a proteína responsável pela entrada de ácidos graxos dentro das mitocôndrias só entra em pico na décima-oitava hora e, novamente, os testes mostraram que o processamento de gordura era ótimo nesse mesmo horário. Em camundongos com uma mutação genética que interfere nos seus relógios biológicos gerais, os montantes dessas proteínas não se alteraram ao longo do dia, e a atividade de decomposição de gorduras e açúcares era sempre estável.
“Estes resultados suportam descobertas prévias em nosso laboratório quando se mostrou que, se os camundongos comem apenas à noite, quando estão ativos, em vez de ao longo do dia e da noite, eles consomem a mesma quantidade de calorias, mas os seus níveis de lipídios no fígado serão 50% menores”, explica Asher. “Em outras palavras, o resultado depende não só do que você come, mas também quando você come. Se pudermos ser mais conscientes sobre o momento de nossas atividades celulares, poderemos ser capazes de tirar proveito de vários nutrientes de forma mais saudável.”
Fonte:http://medicalxpress.com/news/2016-03-scientists-cells-power-timers.html
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O que é Síndrome Metabólica?
O primeiro conceito sobre Síndrome metabólica foi proposto por Gerald Reaven em 1988 e reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 11 anos após. Trata-se não de uma doença em si, mas de um conjunto de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade, colesterol e triglicerídeos elevados, que tem como ponto principal a resistência a insulina.
Uma pessoa apresenta resistência a insulina, quando sua insulina não consegue trabalhar de maneira eficiente. Nosso corpo precisa de insulina para exercer diversas funções vitais ao seu funcionamento. Esse hormônio é indispensável no metabolismo da glicose e carboidrato e também está envolvido na síntese de proteínas e armazenamento de gorduras. Isso explica o porquê indivíduos obesos geralmente apresentam alterações em diversos parâmetros como glicose, colesterol, triglicerídeos e pressão arterial.
Não existem sintomas da síndrome metabólica e sim fatores. Seriam diagnosticados portadores de síndrome metabólica indivíduos com pelo menos três fatores de risco:
1. Circunferência da cintura elevada: o ponto de corte é específico da população/país avaliado (Brasil 94cm, a mesma da população europeia).
2. Níveis elevados de triglicerídeos: maior ou igual a 150 mg/dL, ou faz uso de medicamento para o controle de triglicerídeos elevados.
3. Níveis diminuídos de colesterol HDL: menor ou igual a 40 mg/dL para homens e menor ou igual a 50 mg/dL para mulheres, ou o indivíduo faz uso de medicamento para o controle de baixos níveis de colesterol HDL.
4. Hipertensão: pressão arterial sistólica maior ou igual a 130 mm Hg e/ou pressão arterial diastólica maior ou igual a 85 mm Hg, ou o indivíduo faz uso de medicamento para o controle de hipertensão.
5. Glicemia de jejum alterada: glicemia de jejum maior ou igual a 100 mg/dL, ou o indivíduo faz uso de medicamento para o controle glicêmico.
Estima-se que as pessoas acometidas com Sindrome Metabólica apresentem em geral um maior risco de eventos cardiovasculares, com cerca três vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC), e duas vezes as chances de falecer em virtude destes eventos. Além disso, estas pessoas têm cinco vezes as chances de desenvolver diabetes tipo 2.
Muitas vezes uma pessoa acometida resistência à insulina não apresenta qualquer tipo de sintoma e com isso não busca um tratamento e uma mudança no estilo de vida por muitos anos até surgir o aparecimento dos fatores que caracterizam a síndrome metabólica. O recomendável é intensificar estratégias precoces em relação à prevenção e/ou tratamento da obesidade e de suas comorbidades o quanto antes através de uma dieta balanceada e a prática de atividades físicas.